[Tradução para português depois do video]
Phantasmagoria, the fourth album by Lebanese band Phenomy, will be released on November 7th via Art Gates Records. Formed in Lebanon in 2014, they quickly captured the attention of audiences across borders with their powerful blend of groove and thrash metal. With three albums released – Once and for All (2016), Threaten World Order (2018), and Syndicate of Pain (2022) – the band is currently in an evolutionary phase, and Phantasmagoria will likely be one of the best albums of 2025. To date, and as a lead-up to the album, the single/music video for Sins of the Father has been released, combining epic Eastern metal with cinematic storytelling, devastating riffs, haunting atmospheres, and cultural influences intertwined in their sound. To tell us about the band's history and this new phase marked by Phantasmagoria, Rudy, drummer and one of the band's founders, answered questions from The Doors Of Velvet Rock.
It’s been a hell of a ride. We started in a basement in Lebanon just a couple of kids with big dreams and no clue what we were doing. We learned everything from scratch, and every step was a lesson. From local gigs to international festivals, we’ve grown into something we never imagined. And we’re still learning, still evolving.
Did Loïc and Rudy, as founders of the band, ever think they would one day reach the status of one of the most prominent metal bands in the Middle East when they met in a garage as teenagers to play?
Not at all. Back then, it was just about the music. We didn’t think about status or recognition. We were chasing riffs, adrenaline, and the dream of playing loud. To be where we are now, recognized across the region and beyond is surreal.
And what would you say to these two young men today if you could travel back in time and meet yourselves?
I’d say, “You’re gonna bleed for this. You’ll lose sleep, money, friends, and sometimes even hope. But don’t stop. The pain will shape you. The struggle will define you. And one day, you’ll look back and realize you built something real, something loud enough to shake the world.”
We’ve missed shows. It’s affected us more than people know. But we always find a way to continue, to fight through the struggles because we want our music to be heard all over the world. We won’t let borders silence us.
Let's talk a little about Phantasmagoria, which isn't out yet, so we can't give any spoilers (but let me tell you it's a fantastic album, which I really like, and it's hard to do this interview without mentioning a few songs in particular):
This is your fourth album. What are the main developments you highlight?
Phantasmagoria is our most theatrical and conceptual work yet. It’s a sonic carnival, it’s dark, twisted, and immersive. We’ve pushed our sound further, blending oriental influences with heavy, aggressive riffs. It’s a leap forward in storytelling and production.
You recently released the first single/music-video from your album Phantasmagoria, which will be released on November 7th. The song is called Sins of the Father and is inspired by the legend of Saint Barbara, a legend originating from the ancient city of Nicomedia (present-day Turkey). It's a story that focuses on religious fanaticism and how a father tortures, mutilates, and kills his own daughter because she secretly converts to Christianity.
Sins of the Father is inspired by the legend of Saint Barbara, who was tortured and killed by her own father for converting to Christianity. It’s a story of fanaticism, control, and betrayal. The track is haunting, cinematic, and deeply emotional.
We're a month and a half away from the release, and only now was released the first single. In today's music industry, this is becoming a rarity, as bands start releasing singles much earlier. What motivated this choice?
We wanted to build tension. Phantasmagoria is a story, and stories deserve suspense. Dropping the single closer to the release keeps the mystery alive. It’s not about hype, it’s about immersion and impact.
The maestro-beast is our resurrected Conductor. He leads a carnival of freaks, ordinary people twisted by perception. The artwork, created by Stefan Koidl, captures the chaos, manipulation, and theatrical horror of the album. It’s grotesque, symbolic, and beautiful in its ugliness.
Phantasmagoria, is it a concept album?
Absolutely. It starts with the resurrection of the Conductor and spirals into his manipulation of a carnival of freaks. It’s a descent into madness, a reflection of how perception can twist reality. Welcome to the carnage. Welcome to the lore of The Wretched and the Wicked.
How does your geographical origin influence your compositions?
Lebanon is a land of contrast, beauty and conflict, tradition and rebellion. That duality bleeds into our music. We fuse oriental scales and rhythms with modern metal to create something unique. It’s our way of honoring our roots while pushing boundaries.
Phantasmagoria is the first album released by a record label, and in this case, by the Spanish label Art Gates Records. This represents a step forward for the band. How did the label come about, and what do you hope to achieve with this contract?
Through our manager Colin Parks, we got introduced to Art Gates Records. We reached out, had several discussions, and realized that they were the perfect fit for us and for the future of Phenomy. We’re excited, and we’re ready to show the world what Phenomy and the Phenomaniacs worldwide can do.
What message do you want to leave our readers?
To our family, friends, and our Phenomaniacs worldwide, you’ve stood by us, screamed with us, and shared our beautiful ugly music with the world. We are forever grateful.
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Phantasmagoria, o quarto álbum dos libaneses Phenomy, será lançado a 7 de Novembro, pela Art Gates Records. Formados no Líbano em 2014, rapidamente captaram a atenção do público além fronteiras com a sua poderosa mistura de groove e thrash metal. Com três álbuns lançados – Once and for All (2016), Threaten World Order (2018) e Syndicate of Pain (2022) – a banda está neste momento numa fase evolutiva e Phantasmagoria será, muito provavelmente, um dos melhores álbuns de 2025. Até ao momento, e como avanço do álbum, foi lançado o single/videoclip Sins of the Father, tema que combina o metal oriental épico com a narrativa cinematográfica e com riffs arrasadores, atmosferas assombrosas e influências culturais entrelaçadas no seu som.
Para nos falar da história da banda e desta nova fase marcada por Phantasmagoria, Rudy, baterista e um dos fundadores da banda respondeu às perguntas do The Doors Of Velvet Rock.
Os Phenomy formaram-se em 2014. Como tem sido a vossa caminhada?
Tem sido uma viagem e tanto! Começámos numa cave no Líbano, apenas dois miúdos com grandes sonhos e sem a mínima ideia do que estávamos a fazer. Aprendemos tudo do zero, e cada passo foi uma lição. Desde concertos locais a festivais internacionais, crescemos e tornámo-nos algo que nunca imaginámos. E ainda estamos a aprender, ainda estamos a evoluir.
Loïc e Rudy, enquanto fundadores da banda, imaginaram que um dia alcançariam o estatuto de uma das bandas de metal mais proeminentes do Médio Oriente quando se reuniam numa garagem, ainda adolescentes, para tocar?
De maneira nenhuma. Naquela altura, era só música. Não pensávamos em estatuto ou reconhecimento. Estávamos à procura de riffs, adrenalina e do sonho de tocar. Estar onde estamos agora, reconhecidos em toda a região e não só, é surreal.
E o que diriam hoje a esses dois jovens se pudessem viajar no tempo e se encontrarem convosco?
Eu diria: "Vais sangrar por isto. Vais perder o sono, o dinheiro, os amigos e, por vezes, até a esperança. Mas não pares. A dor vai moldar-te. A luta vai definir-te. E um dia, vais olhar para trás e perceber que construíste algo real, algo suficientemente forte para abalar o mundo."
O Líbano faz fronteira com a Síria e com Israel. Como é que isso influencia as oportunidades de viajarem para fora do Líbano, como aconteceu no passado (por exemplo, em 2018 para participarem no Wacken Open Air Festival)?
Perdemos concertos. Afetou-nos mais do que as pessoas imaginam. Mas encontramos sempre uma forma de continuar, de lutar contra as dificuldades, porque queremos que a nossa música seja ouvida em todo o mundo. Não vamos deixar que as fronteiras nos silenciem.
Vamos falar um pouco de Phantasmagoria, que ainda não foi lançado, por isso não podemos dar spoilers (mas deixa-me dizer que é um álbum fantástico, do qual gosto muito, e é difícil fazer esta entrevista sem mencionar algumas músicas em particular):
Este é o vosso quarto álbum. Quais são as principais evoluções que destacas?
Phantasmagoria é o nosso trabalho mais teatral e conceptual até ao momento. É um carnaval sonoro, sombrio, distorcido e imersivo. Levamos o nosso som ainda mais longe, misturando influências orientais com riffs pesados e agressivos. É um salto na narrativa e na produção.
Lançaram recentemente o primeiro single/videoclip do vosso álbum Phantasmagoria, que será lançado no dia 7 de novembro. A música chama-se Sins of the Father e é inspirada na lenda de Santa Bárbara, uma lenda originária da antiga cidade de Nicomédia (atual Turquia). É uma história que se centra no fanatismo religioso e na forma como um pai tortura, mutila e mata a própria filha porque esta se converte secretamente ao cristianismo.
Como é que esta lenda inspirou o tema deste álbum? O que pretende transmitir?
Sins of the Father é inspirada na lenda de Santa Bárbara, que foi torturada e morta pelo próprio pai por se ter convertido ao cristianismo. É uma história de fanatismo, controlo e traição. A faixa é assombrosa, cinematográfica e profundamente emocional.
Estamos a um mês e meio do lançamento, e só agora foi lançado o primeiro single. Na indústria musical actual, isto está a tornar-se uma raridade, uma vez que as bandas começam a lançar singles muito mais cedo. O que motivou esta opção?
Queríamos criar curiosidade. Phantasmagoria é uma história, e as histórias merecem suspense. Lançar o single mais perto do lançamento mantém o mistério vivo. Não se trata de hype, mas sim de imersão e impacto.
Phantasmagoria, a palavra, evoca uma alegoria onde personagens fantasmagóricas ocupam o centro do palco, ou um pesadelo que nos deixa sem fôlego. A capa do álbum apresenta um maestro-besta a dirigir uma orquestra de espectros demoníacos "renascidos" das chamas do inferno, trazendo consigo diversas experiências e tradições: o bobo, o palhaço maléfico, a caveira dos mortos mexicanos. Há uma alegria perturbadora e pútrida nesta capa. O que querem transmitir com este fabuloso artwork, este título e este álbum?
O maestro-fera é o nosso Conductor ressuscitado. Ele lidera um carnaval de aberrações, pessoas comuns distorcidas pela perceção. A arte, criada por Stefan Koidl, capta o caos, a manipulação e o horror teatral do álbum. É grotesco, simbólico e belo na sua fealdade.
Phantasmagoria é um álbum conceptual?
Sem dúvida! Começa com a resurreição do Conductor e desenvolve-se na sua manipulação de um carnaval de aberrações. É uma descida à loucura, um reflexo de como a percepção pode distorcer a realidade. Bem-vindo à carnificina. Bem-vindo à tradição dos Miseráveis e dos Perversos.
Como é que vossa origem geográfica influencia as vossas composições?
O Líbano é uma terra de contrastes, beleza e conflito, tradição e rebelião. Esta dualidade transparece na nossa música. Fundimos escalas e ritmos orientais com metal moderno para criar algo único. É a nossa forma de honrar as nossas raízes enquanto ultrapassamos limites.
Phantasmagoria é o primeiro álbum lançado por uma editora discográfica e, neste caso, pela editora espanhola Art Gates Records. Isto representa um “salto em frente” para a banda. Como surgiu a editora e o que esperam alcançar com este contrato?
Através do nosso manager Colin Parks, foi-nos apresentada a Art Gates Records. Entrámos em contacto, conversámos bastante e percebemos que eram a escolha perfeita para nós e para o futuro de Phenomy. Estamos entusiasmados e prontos para mostrar ao mundo o que os Phenomy e os Phenomaniacs de todo o mundo conseguem fazer.
Que mensagem querem deixar aos nossos leitores?
Para a nossa família, amigos e Phenomaniacs de todo o mundo, apoiem-nos, gritem connosco e partilhem a nossa bela música com o mundo. Somos eternamente gratos.
